A rentrée não acontece só com o regresso às aulas ou ao trabalho, após umas merecidas férias. Os canais de televisão também se põem a postos para “agarrar” a atenção de quem passa a estar mais tempo em casa. Vai daí, apresentam toda uma nova grelha para preencher os momentos que podemos dedicar à "caixinha mágica". De entre elas, volto a destacar as séries americanas (em terras do Tio Sam, eles bem sabem escrever e produzir a ficção por episódios melhor do que ninguém) que, nos seus géneros, nunca decepcionam e dão-nos a sempre a sensação de estarmos a ver “pequenos” filmes, de tão bem produzidas que são.

Aqui vai uma pequena lista do bom que se pode ver por aí:

Heroes 2 – Volto a dizer que esta série televisiva é do melhor que há. Recomeçou, em finais de Agosto, na TVI, mas ainda dá para apanhar o enredo. Devido à recente greve dos guionistas norte-americanos, esta segunda temporada só tem 11 episódios. Depois de, na primeira série, os protagonistas terem descoberto os seus poderes para, em última instância, salvarem o Mundo, nesta nova temporada estes “verdadeiros” heróis vão ter de aprender a lidar com os mesmos. À medida que vão percebendo a importância que os seus poderes têm para si próprios, vão começando a entender de onde eles vieram…
O que fascina nesta série é o facto de os super-heróis serem compostos por pessoas comuns, como Peter Petrelli, um enfermeiro que suspeita que consegue voar; Isaac Mendez, um rebelde que tem a habilidade de pintar imagens do futuro sempre e quando está drogado; Niki Sanders, uma stripper de Las Vegas e mãe de um menino, que faz coisas misteriosas ao ver o seu reflexo nos espelhos; Hiro Nakamura, um japonês, verdadeiro "cromo" de bandas desenhadas, que consegue controlar o Tempo; Matt Parkman, um polícia que consegue ouvir os pensamentos das pessoas; e Claire Bennet, de 17 anos, uma cheerleader que desafia a própria morte… Mas há muitos mais. O vilão desta saga continua a ser Sylar, um curioso assassino em série, que persegue os nossos super-heróis com intenções de se apoderar dos seus poderes, com a atitude de um vampiro.
A primeira série “Heroes” valeu-lhes um People's Choice Award, um Multicultural Prism Award, um TV Land Future Classic Award e foi nomeada para a TV Critics Association Outstanding Program of the Year. Complementando este rol, "Heroes 1" recebeu ainda nomeações para os Golden Globe Award e Emmy Award. Enquanto nós vamos vendo a segunda temporada e os espectadores americanos aguardam a estreia da terceira série nos E.U.A., a NBC lançou episódios especiais de “Heroes” para a Internet, numa série intitulada “Going Postal”. (TVI)

Sem escrúpulos (Damages) – Com Glenn Close como estrela principal, “Damages” é uma série que se torna num absorvente quebra-cabeças, em forma de thriller jurídico, com advogados e tribunais à mistura, e que nos esconde contínuas surpresas. De facto, a narrativa apresenta-se como um emaranhado de fios que se vão desembaraçando aos poucos, demonstrando-nos que nada resulta no que nos parece à primeira vista. “Sem escrúpulos” centra-se em Patty Hewes (Glenn Close), uma elegante impiedosa e poderosa advogada, que tenta ganhar um processo, criando uma batalha judicial a Arthur Frobisher (Ted Danson), um empresário rico suspeito de ter enganado os seus trabalhadores. Com ela, trabalha a recém contratada Ellen Parsons (Rose Byrne), que vai descubrindo que a sua chefe vai atingindo os seus objectivos, por quaisquer meios necessários… Esta interessante série foi indicada ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor série dramática em televisão, Melhor actriz de série dramática (Glenn Close), Melhor actriz secundária de série, mini-série e filmes para TV (Rose Byrne) e Melhor actor Secundário de série, mini-série e filmes para TV (Ted Danson).(AXN)

Eli Stone - Também é uma séria que envolve advogados, mas esta série da ABC, decorrendo também nos meandros da lei norte-americana, é muito mais do que uma firma de advogados que defendem casos após casos. O protagonista de “Eli Stone”, personagem que dá nome à série, tem visões, que julga serem proféticas, que o impelem a defender casos em tribunal, que antes não o faria. Embora a alucinações advenhma de um aneurisma cerebral, elas acabam por ter um propósito muito concreto: ajudar pessoas a necessitarem de ajuda, vitimas de injustiças, representando-as em tribunal.
Passada em São Francisco, “Eli Stone” mostra-nos um advogado de topo de uma empresa que passa a ajudar os carenciados, está noivo da filha do patrão, e mantém interessantes relações com o seu irmão, a sua secretária, a jovem advogada que o assiste e, pasme-se, com o seu acupuncturista. Para além disso, são sempre engraçadas as relações que estabelece com as suas visões, como com o George Michael, e o cómico de situação em que as mesmas induzem o jovem advogado, tal como inclui-lo num número musical. Acabamos por descobrir que Eli Stone tem um grande coração e o sentimento que resulta dos casos defendidos por ele confortam-nos e acabam nos por nos convencer... e converter à série. (Fox Life)

Lipstick Jungle – Esta é também uma série baseada num best-seller de Candace Bushnell (a outra foi “Sex and the City”). Uma nova aposta da NBC, estes episódios de drama/comédia contam a história de três grandes amigas, a braços com as vicissitudes da vida. Uma executiva de topo da Parador Pictures, Wendy (Brooke Shields) faz tudo o que pode para manter o equilíbrio entre as vidas profissional e familiar. Nico (Kim Raver), é Directora de uma revista de moda e quer tornar-se sua CEO. E a designer de espírito livre, Victory Ford (Lindsay Price), vai lutando para tornar os seus sonhos realidade e, quem sabe, encontre o seu “Mr. Right” (é a única solteira). Munidas de humor e cheias de força, estas três mulheres de Nova Iorque vão-se apoiando nos momentos de triunfos ou de lágrimas, para assumirem o seu papel na Big Apple. (RTP2)

Máfia de Saltos Altos (Cashmere Mafia) – Eis mais uma série sobre amigas em Nova Iorque, mas à primeira vista, bem mais interessante do que a anterior de que acabei de falar. Quatro amigas - Zoe Burden (Frances O’Conner), Mia Mason (Lucy Liu), Juliet Draper (Miranda Otto) e Caitlin Down (Bonnie Somerville), que se conhecem desde o tempo de escola, são agora mulheres modernas e ambiciosas, que lutam por serem bem sucedidas em Manhattan. Zoe, Directora de Investimentos num dos maiores Bancos do sector, tenta, com dificuldade, equilibrar as exigências da sua carreira com a de esposa e a de mãe. A sua amiga desde os tempos de escola, Mia, é Editora e está a subir num grupo editorial que publica uma revista, enquanto Juliet é a chefe de operações de uma importante cadeia de hotéis de luxo. Por último, Caitlin é uma executiva de sucesso numa empresa de cosméticos. A sua vida romântica tem sido pouco satisfatória, até que ganha novo fôlego ao descobrir que, apaixonando-se por uma mulher, tem de se assumir, para si própria, como lésbica.
Estas mulheres juntas são fogo. Mais cutilantes nos diálogos, protectoras e vingadoras, com um forte sentido de amizade e com uma imensa sede de vingar no mundo dos negócios, o perfil destas mulheres é do género Sex and the City meets Desperate Housewifes. Da autoria de Darren Star, o mesmo que “fez” "Sexo e a Cidade", esta série promete mais do que "Lipstick Jungle". Esta, por seu turno, partilha com “Sexo…” a autoria dos livros que lhes deram origem. (Fox Life)

Chuck – Por fim, uma série que não dava nada por ela e que me surpreendeu e me divertiu muito. Com o cunho de Josh Schwartz e McG (o mesmo de “Charlie’s Angels” e “Terminator 4”), “Chuck” tornou-se numa das melhores surpresas da televisão desta temporada.
Trata-se de um geek de computadores que se torna agente secreto à força. Tudo porque uma informação altamente secreta e encriptada foi enviada por e-mail e “descarregada” permanentemente no cérebro deste jovem informático, após visualizar a mensagem recebida. Chuck, que vive pacatamente com a irmã e o namorado desta, e que tem um melhor amigo algo trapalhão mas hilariante, passa a ter uma vida dupla sempre e quando é interpelado por dois agentes secretos, que o têm de proteger a todo o custo, mas também o têm de levar às missões mais incríveis, para que a mente dele os vá ajudando. Ela, bonita e muito sensual e ele, rufião e sarcasticamente divertido, no encalço de inusitados vilões, vão tornando a vida de Chuck bem mais interessante e empolgante.
"Chuck" é uma série que entretém bastante. As suas personagens são cativantes, o humor é eficaz e as cenas de acção são muito bem elaboradas. (AXN)

Tudo isto, numa televisão perto de si!

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One Response so far.

  1. Anónimo says:

    Olá João. Comecei a visitar o seu blog por uma daquelas casualidades internáuticas :); andava à procura de um artigo e fui ter ao seu blogue. É a 1ª vez que comento; Acerca de Chuck, era uma série de fazer mudar de canal (ainda quando dava na 2:!!) e um dia que me esqueci de mudar, comecei a ouvir os textos e tal como a si, surpreendeu-me pela positiva!
    Keep up the good work.

    PS: O Le Mini Palais é para experimentar já em dezembro!

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