Com o Verão, é chegada a época de filmes mais ligeiros, divertidos e/ou de acção. Começo por vos falar (e recomendar) do inesperado “Mes stars et moi”…

As Minhas Estrelas

Nesta comédia francesa, três belas actrizes, duas das quais no seu auge de carreira - Solange, Isabelle e Violette têm em comum o mesmo fã: Robert. Este, usa a sua posição profissional como empregado de limpeza numa das maiores agências de actores de Paris, para espiar as suas vidas e carreiras. Ele utiliza os seus conhecimentos para alterar os horários de alguns castings, boicotar outros e, inclusive, para despachar os namorados de cada uma. Quando as três actrizes se cruzam no mesmo filme, por obra e graça de Robert mas sem o saberem, elas decidem que está na altura de mostrarem a Robert quem comanda as suas vidas. E aqui têm início as maiores peripécias. Pobre Robert…

“Mês stars et moi” trata-se de um filme leve e descontraído, deliciosamente divertido, em que o actor Kad Merad volta a mostra a sua veia cómica, tal como o fizera em “Benvindos ao Norte". As actrizes Catherine Deneuve, Emmanuelle Béart, Mélanie Bernier vão muito bem nos seus registos e compõem bem o ramalhete do tom de comédia que a realizadora Laetitia Colombani pretendeu dar. A nossa Maria de Medeiros também desempenha um papel interessante, embora pequeno.

Portanto, "As minhas estrelas" cumpre muito bem o seu objectivo de divertir e distrair. E apresenta alguns momentos absolutamente fantásticos. Por exemplo, a descrição das qualidades das três mulheres pelo fã que as admira. A impossibilidade que ele encontra em reunir, em apenas uma, as qualidades que cada uma delas possui é única. Está dado o mote. "As minhas estrelas" é aconselhável a quem procura uns bons momentos de diversão a la française.

A Ressaca

Num outro registo completamente diferente, mãos não menos hilariante, temos “A Ressaca”. Há muito que eu não me ria tanto com uma comédia americana. Acho que desde o “doidos por Mary”. É que, não sendo particularmente fã deste tipo de filmes, com este, ri-me o filme todo. Em algumas cenas, gargalhei. Espectacular! Uma grande comédia, sem dúvida.

A história passa-se dois dias antes do casamento de Doug, quando os seus três amigos o levam até Las Vegas para uma “digna” despedida de solteiro. Após uma noite de grande farra, os amigos acordam na suite do Caesars Palace sem se lembrarem de nada e, sem explicação, eles dão com um tigre na casa-de-banho, encontram um bebé de seis meses num armário, recebem uma inesperada visita do lutador Mike Tyson, (com o próprio a fazer dele mesmo) e nem sinal de Doug... O noivo desaparecera por completo, sem deixar pistas. Os três padrinhos, sem sinais onde encontrar o seu amigo, começam a lidar com a ressaca e a refazerem todos os passos da noite anterior para compreenderem a situação em que se encontram, poderem encontrar Doug e levarem-no de volta a tempo do casamento.

Portanto, trata-se de um filme que de previsível não tem nada...Há um suspense e um desconhecimento total do desencadear da narrativa até ao fim! Como podemos adivinhar o que vem a seguir, se até para as próprias personagens é um mistério? Não param de ser surpreendidas, cena após cena... e nós, com elas. E aqui reside muita da comicidade desta comédia.

Realizado por Todd Philipps (o mesmo de "Starsky & Hutch") e com excelentes desempenhos de Bradley Cooper, Ed Helms e Zach Galifianakis, actores principais pouco habituados a serem figuras de cartaz, "A ressaca" está destinado a ser um sucesso. E não é para menos... Trata-se de uma despedida de solteiro que as personagens (e nós) nunca mais iremos esquecer. Como disse, não sou propriamente um seguidor deste género de filmes mas, sem dúvida, este fez-me rir e muito.

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