Hoje estreia "Dá Tempo ao Tempo" (About time), um filme de Richard Curtis, que, tal como os seus anteriores (“Quatro Casamentos e um Funeral” ou "O Amor Acontece”) não desilude... Tive o privilégio de ir à antestreia VIP de "Dá Tempo ao Tempo", ocorrida na chuvosa noite de 23 de outubro, no Cinema São Jorge. Destaque para o momento antes do início do filme, que contou com a actuação especial de Lúcia Moniz e João Só, que interpretaram ao vivo "How Long Will I Love You", tema principal da banda sonora. No original, esta canção é cantada por Ellie Goulding e trata-se de uma "cover" dos Waterboys. Nesta nova comédia romântica de Curtis, temos um jovem inglês de 21 anos, Tim Lake (Domhnall Gleeson), que descobre a possibilidade de viajar no tempo… Após mais uma aborrecida festa de Ano Novo, o seu pai (Bill Nighy) revela-lhe que os homens da família sempre tiveram a capacidade de viajar no tempo. Tim descobre que não pode mudar a história, mas consegue alterar o que acontece ou aconteceu na sua própria vida. Então, decide tornar o seu mundo um lugar melhor… tratando de arranjar uma namorada. Infelizmente e apesar da sua faculdade de viajar através do tempo, esse feito veio a tornar-se mais complicado do que se previa. Ao mudar-se das sua Cornwall natal para Londres, para empreender advocacia, Tim acaba por conhecer a bela, mas insegura, Mary (Rachel McAdams). Apaixonam-se a valer, mas um lamentável incidente nas viagens pelo tempo, faz com que Tim nunca a tenha conhecido. Assim, voltam a encontrar-se pela primeira vez, várias vezes, até que, finalmente, depois de alguma perícia em viajar no tempo, ele acaba por a conquistar. Tim vem a utilizar este seu poder para criar o pedido de casamento perfeito, para salvar o seu casamento dos piores discursos dos padrinhos e até para salvar o seu melhor amigo de um desastre profissional. Mas conforme a sua vida progride, ele vai descobrindo que esta sua habilidade única e fantástica não o pode salvar das mágoas, amores e dissabores que o afectam e estão ao seu redor. Ele acaba por perceber que são grandes os limites para o que se consegue com as viagens no tempo, assim como os perigos... O filme dispõe bem e o que poderia tornar-se absurdo com as viagens no tempo, acaba por entrar na narrativa como uma propriedade normal e cómica, tornando-se quase credível. O elenco, maioritariamente inglês, excepto na personagem de Mary, dá-nos desempenhos convincentes e graciosos. Portanto, “Dá tempo ao Tempo” é uma comédia ligeira e divertida sobre o amor e viagens no tempo. Mas que acaba por nos mostrar que, afinal, para tirar o melhor partido da vida pode não ser necessário, de todo, viajar-se no tempo…

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