Foi no passado dia 11 de Dezembro que este novo operador de voos «charter» se lançou com o «voo mais curto da história de Portugal Continental». Um voo singular entre Lisboa e Beja, que veio marcar a estreia da portuguesa Windavia, empresa aérea que chega com a premissa de “destinos improváveis”, como a de levar milhares de turistas a aterrar naquele aeroporto alentejano. Nesse dia, às 12h11, saía de Lisboa o voo número 1 da Windavia, para pouco depois, às 12h35, ter chegado a Beja. E assim se cumpriu o anunciado "voo comercial mais curto realizado em Portugal Continental”. Foi um prazer e um orgulho ter colaborado nesta primeira aventura da Windavia, através do endorsement de figuras públicas. Uma forma de celebrar e apadrinhar o nascimento deste novo operador português de voos charter, que merece todo o nosso apoio, especialmente nestes tempos conturbados de instabilidade económica… Nesta apresentação do novo operador “100% português” de voos charter, que vai passar a dedicar-se a realizar voos fretados para operadores turísticos, para além do trajecto único de ligar a capital a Beja, contou também com um baptismo especial: o Airbus recebeu o nome de Aristides de Sousa Mendes, o cônsul de Bordéus que durante a 2.ª Guerra Mundial desobedeceu a Salazar ao conceder vistos a mais de 30 mil pessoas, salvando-as da perseguição Nazi. Na cerimónia, decorrida ao final da manhã, já em Beja, estiveram presentes um dos netos do cônsul homenageado e a embaixadora de Israel, Tzipora Rimon. Antes, porém, o voo teve alguns momentos-chave, que a todos surpreendeu: a bordo, um grupo de cantares alentejanos, sentados estrategicamente pelo avião, a meio da viagem, um levantou-se e começou a cantar, logo secundado por um segundo e depois um terceiro, até que todos cantaram, tipo flash mob. Tal foi um factor surpresa, revelador não só do DNA da Windavia, como do próprio destino da viagem, o Alentejo; na aterragem, aconteceu o baptismo de voo, onde o avião passou por entre dois jactos de água, como que a formarem um arco, na pista. Depois, quando os passageiros entraram no hangar, começou a tocar a música “Ride like the Wind”. Até ao próximo ano, com uma frota de seis aviões e com mais de 40 destinos, dos quais alguns são definidos pela companhia como “improváveis”, a Windavia compromete-se a trazer um nível de “flexibilidade” para operadores turísticos que a empresa considera não existir no mercado português, para além de oferecer um conforto que as pessoas não costumam associar ao conceito charter. Com bases em Lisboa, Funchal e Paris, a Windavia anunciou uma variedade de voos com destinos como o que liga Lisboa a Telavive, numa aposta no turismo religioso, e outros por rotas que incluem Ilhas Canárias, ilhas gregas ou ainda o Norte de África. Os voos dos aviões Airbus A320 são realizados segundo o número de clientes, sendo que a operá-los estarão equipas da responsabilidade da White. Esta operadora, da qual Pedro Bollinger é Director-executivo, tem um investimento inicial de dois milhões de euros e espera um lucro de cinco milhões para 2014. Com Bollinger no leme – filho de alemães, nascido no Brasil e residente em Portugal, que se iniciou no call center da TAP e chegou a Director Comercial de empresas como a SATA ou da brasileira Ampliar, a companhia confirmou parcerias com operadoras turísticas como as portuguesas GPS Tour, Soltour e Viajar Tours, ou a israelita Flying Carpet, além de outras operadoras inglesas, irlandesas ou francesas. Sucesso previsto, portanto. Após este voo de ida e volta a Beja, para cerca de 180 convidados (agências de viagens e jornalistas, maioritariamente, assim como os meus amigos VIP), a empresa marca hoje, dia 17, o início das operações Paris-Funchal, que se prolongará durante todo o próximo ano, com dois voos semanais, para começar, mas que poderão chegar a ser quatro. Portanto, longa vida à Windavia! E que esta nova companhia venha sempre a “voar como o vento”, tal como o seu claim indica.

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