Acompanhado pelo fiel e astuto fox terrier Milu, o aventureiro e curioso Tintin é considerado uma das mais populares personagens de banda-desenhada de sempre, sobretudo na Europa. Foi a 10 de Janeiro de 1929 que o autor belga de banda-desenhada George Remi (Hergé) deu vida à famosa personagem, no suplemento juvenil “Le Petit Vingtième”. Esta série de sucesso foi sendo publicada em semanários, até que ganhou uma revista própria, de grande tiragem (Le Journal de Tintin), que foi sendo adaptada, mais tarde, para versões em desenhos animados, para o teatro e também para o cinema de animação. O autor, que morreu em 1983, aos 76 anos, partiu deixando incompleto o seu último trabalho “Tintin e Alpha-Art”. Nesta nova aventura, víamos Tintin embrenhar-se no mundo da arte moderna, e a história é interrompida no momento em que Tintim está aparentemente prestes a ser assassinado para ser transformado numa estátua de acrílico a ser vendida…
Na estreia, Tintin foi apresentado como um jovem jornalista do Petit Vingtième, enviado à antiga União Soviética, onde se envolve em várias cenas de pancadaria, com Milu, o seu pequeno cão de pêlo branco. Mais tarde, o elenco foi expandido com a adição do Capitão Haddock, entre outros personagens pitorescos e bem conhecidos. A partir daí, Hergé foi colocando Tintin nas mais variadas aventuras pelo mundo: no Oriente, no oeste americano, no mar e até no espaço - numa ida à Lua, totalizando mais de 20 álbuns de BD como “A estrela misteriosa”, “Tintin no Tibete” ou “As sete bolas de cristal”, traduzidos em 77 línguas e que venderam mais de 230 milhões de exemplares em todo o mundo. Por cá, as 24 aventuras de Tintin estão editadas pela ASA. Saibam, por exemplo, que Portugal foi o primeiro país a internacionalizar as aventuras deste famoso repórter belga. O álbum “Os charutos do Faraó”, publicado em 1934 pela Casterman, também celebra aniversário, cumprindo agora 80 anos. A editora vai assinalar a efeméride com uma série de novidades, entre as quais o lançamento do livro “Secrets des Cigares du pharaon”, que revela a evolução do traço de Hergé ao longo do tempo. Em 2013, a Casterman e a empresa Moulinsart anunciaram que iro publicar, até 2052, um novo livro protagonizado por Tintin, de forma a evitar que os direitos da obra de Hergé caiam no domínio público. Entretanto, como é sabido, Tintin ganhou pele e osso, saltando do papel para a 7ª arte. O realizador Steven Spielberg e Peter Jackson, na pele de produtor, mergulharam na obra de Hergé e estrearam, em 2011, o filme “As aventuras de Tintin: O segredo do Licorne”. Neste filme, para tornar o enredo mais interessante e denso, dois livros foram adaptados: “O Segredo do Licorne” (ou “O Segredo do Unicórnio”) e “O Tesouro de Rackham, o Terrível”. Os realizadores estão a preparar uma segunda produção para breve… Portanto, Tintin vai-se mantendo jovem e actual!

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