Quem não se lembra da mítica Bola Nivea? Alta e imponente, ela reinava nas praias portuguesas e fez parte do nosso imaginário infantil e juvenil. Era nesta bola que todos combinavam encontros com os amigos, numa era sem smartphones, nem beepers. E não havia que enganar: "encontramo-nos ao pé da Bola Nivea", dizíamos…

Essa "majestosa" torre foi testemunha de muitos encontros, namoros e brincadeiras, durante imensos Verões. Muita vida acontecia à sua volta… A Bola Nivea tornou-se ponto de referência em todas as praias deste nosso Portugal. Era uma espécie de posto de vigia patrocinado pela célebre marca da lata azul. Um verdadeiro “farol” num mar de gente, de toalhas e areia.

Embora a Bola Nívea esteja extinta das nossas praias, marcou toda uma geração. No tempo em que só havia “Olá” de laranja, “Olá” de ananás, Super Maxi e Epá, e fazíamos o famoso pedido “dá-me uma chupa, vá lá”. Numa altura em que se jogava ao prego na sombra dos toldos… em que a vida era bem mais simples. Tudo o que precisávamos para ser mais felizes estava ali, a escassos passos daquele ícone.

A grande bola azul foi mesmo um marco! Capaz de servir de localização, de ponto de encontro e até de sombra. Embora fosse muito mais do que um meio de divulgação da marca, o certo é que quem se lembrou de tal estratégia de marketing foi sobejamente bem sucedido. Conseguiu colocar a marca na boca de toda a gente, passando a fazer parte da nossa cultura de então, finais da década de 70 e toda a de 80.

Uma bola azul, que embora solitária, nos fez muita companhia. E tantas histórias ela teria para contar... Tornou-se, de facto, num símbolo nacional e persiste na nossa memória. Foi rainha numa altura em que não havia telemóveis… RIP!


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