Corria o ano de 2010, quando as produtoras Universal Studios e Illumination Entertainment se juntaram para dar vida a um vilão que, inesperadamente, entre planos terríveis e maquiavélicos, torna-se “pai” de três meninas órfãs. Gru, inicialmente bastante carrancudo e antipático, acaba por ver o seu coração amolecer ao tomar consciência do carinho que nutre pelas meninas… Agora, a mesma equipa que nos trouxe “Gru - O Maldisposto” e alguns dos maiores filmes de animação de 2013 e 2015, ou seja, “Gru - O Maldisposto 2” e os “Mínimos”, está de regresso com a continuação das aventuras de Gru, Lucy, as adoráveis filhas - Margot, Edith e Agnes - e os Mínimos, em “Gru - O Maldisposto 3”.

Neste terceiro "episódio" de Gru – O Maldisposto, o vilão é pai, esposo e tornou-se um espião ao serviço do bem e, claro, um pouco menos maldisposto. Balthazar Bratt, um ex-ator infantil que cresceu obcecado com a personagem que interpretou na TV nos anos 80, revela-se como um dos mais formidáveis inimigos de Gru até hoje. Mas Gru também se torna irmão e apesar de enfrentar um dos mais fantásticos vilões da saga, é a relação com o seu irmão gémeo Dru que se torna o grande foco (e surpresa) da história. E quando Gru e a sua mulher Lucy são despedidos da organização devido ao confronto falhado face a Balthazar Bratt, a notícia da existência de Dru acaba por conduzir Gru ao seu último grande golpe “criminoso”…

Realizado por Pierre Coffin e Kyle Balda, neste filme a voz de Steve Carell é partilhada pelas duas personagens: Gru, o maldisposto, e Dru, o bem-disposto. Balthazar Bratt, por seu turno, nasceu do engenho de Trey Parker, um dos criadores da série televisiva "South Park" e é um novo inimigo fascinado pelo estilo musical dos anos 80. Com ele, somos convidados a mover-nos ao som de “Bad” de Michael Jackson, “Take on Me” dos A-ha, “99 Red Balloons” de Nena ou “Into the Groove” de Madonna, entre “Jump” de Van Halen e muitos outros êxitos dessa década. Um dos vários pontos divertidos desta entrega.

Envolto em momentos enérgicos, ritmo alucinante e uma esfuziante alegria, começamos a perceber que a fórmula de Gru – O Maldisposto começa a enfraquecer neste terceiro filme. A descoberta de um irmão gémeo fascinado pelo crime, mas sem qualquer talento para o concretizar, é adorável, ou a Agnes em busca do seu unicórnio, mas é a irreverência e a intervenção dos Mínimos que volta a ser o factor mais marcante do filme.

Não deixem de ver mais este divertido filme. Saibam, porém, que se a saga de Gru não der mais para se estender, os pequenos seres amarelos de hilariante dialecto e doidos por bananas, tomarão conta do recado e, com certeza, terão muito mais para dar…


Etiquetas:

Comente este artigo