Hoje em dia é raro fazer uma trilogia boa do início ao fim. Mas o reboot de “Planeta dos Macacos” conseguiu essa proeza. Como os seus dois predecessores, tem as suas falhas, mas, em geral, trata-se de uma trilogia que ficará como um exemplo de como refazer e voltar a imaginar um material que respeite o original, mas que, ao mesmo tempo, o aprimore.

Humanos e macacos voltam a cruzar-se e não é pelos melhores motivos. César e o seu grupo de símios são forçados a entrar numa guerra contra um exército de soldados liderados por um impiedoso coronel (Woody Harrelson). Após vários macacos perderem as suas vidas no conflito, César luta contra os seus instintos e parte em busca de vingança. Dessa jornada, o futuro do planeta poderá estar em jogo…

Na realização de Matt Reeves tudo, desde as emocionantes sequências de ação, até à marcação orquestral ou até mesmo à seriedade dos seus macacos, que mostram, por vezes, serem mais humanos do que os próprios, demonstram um grande respeito pelo título. Ele não se propôs apenas a realizar um blockbuster para emocionar o público, mas também um drama ao mesmo nível de filmes a que faz referência, como "Apocalypse Now".

Focando-se mais sobre os macacos, o filme apresenta-nos os seres humanos numa posição de desespero. Por outro lado, a forma como estes subjugam os macacos é quase que semelhante ao tratamento Nazi para com os judeus durante o Holocausto. Mas para além de muito bélico e dramático, o filme também é bastante emocional, onde acabamos por nos preocupar muito com a nossa personagem principal, César, bem como também nos encontramos ligados às personagens secundárias, como o já conhecido Maurice, o orangotango, e a jovem, entre outras.

Concluindo, “Planeta dos Macacos – A Guerra” é uma história simples, mas arrebatadora, com emocionantes interpretações combinadas com o excelente trabalho de efeitos especiais, somados a uma eficaz banda sonora a cargo de Michael Giacchino. Se são apreciadores desta trilogia, fiquem a saber que este pode bem ser o melhor filme dos três.


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