Chris Hemsworth está de regresso ao grande ecrã em “12 Indomáveis”, a história verídica dos soldados a cavalo após o fatídico 11 de Setembro. Sim, leram bem, a cavalo, pois embora em pleno anos 2000, foi graças aos corcéis que estes destemidos soldados conseguiram vencer uma terrível batalha. Baseado em factos reais, o filme retrata a jornada de um grupo de voluntários que formam um batalhão das Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos para apanhar os terroristas por trás dos atentados.

Um oficial dessas Forças Especiais comanda os seus homens numa perigosa missão empreendida pelas montanhas afegãs, pouco tempo depois dos atentados do 11 de setembro. O grupo do Capitão Mitch Nelson (Chris Hemsworth), selecionado pelo Coronel Mulholland (William Fichtner), tem como objetivo convencer o comandante da Aliança do Norte, o General Dostum, a aliar-se aos norte-americanos no combate a um adversário comum: a Al Qaeda e os talibãs. Além da necessidade imperiosa de superar a desconfiança mútua e as vastas diferenças culturais entre ambos os lados, os americanos são obrigados a adoptar as tácticas rudimentares dos soldados a cavalo afegãos num confronto onde enfrentam dificuldades esmagadoras no terreno, além da inferioridade numérica perante um inimigo implacável que não faz prisioneiros.

A equipa dos intitulados de “soldados a cavalo” que tem como missão ajudar os locais na guerra contra os talibãs, está recheada de actores conhecidos, como, Michael Shannon, Michael Peña e Trevante Rodes. Os diálogos entre estas personagens trazem mais vida e cor a um filme de guerra. Sendo a primeira longa-metragem do realizador Nicolai Fuglsig, é de se sublinhar as cenas fantásticas onde nos coloca no epicentro da acção, para além da boa direção de actores. Nisso tiro-lhe o chapéu, pois o filme entretém-nos com extrema facilidade, havendo sempre um equilíbrio na tensão criada pela acção, fotografia e banda-sonora.

A história, baseada no livro de Doug Stanton, denomina-se como verídica, porém tem certamente cenas que se notam terem sido escritas de forma a apoiar o enredo simples e a humanizar alguns aspectos da guerra, o que é compreensível quando se trata de cinema. Apesar de não fazer muito o meu género, saí de “12 Indomáveis” com grande satisfação e ânimo, porque há histórias que merecem chegar ao grande ecrã e esta é uma delas. Bem contada e com o heroísmo na dose certa.


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