Chegou aos cinemas portugueses na passada quinta-feira, onde tive o privilégio de assistir à sua antestreia. Mas como o tempo está convidativo a ir ao cinema, aqui me têm a dar conta do que vi (e do que podem esperar). Cenas visualmente incríveis, novas criaturas fantásticas, a candura de Newt e várias referências ao universo de Harry Potter fazem-nos prender às cerca de duas horas de filme. É importante considerar que o filme nos remete novamente ao universo mágico criado por J.K. Rowling, e fá-lo com louvor, por meio de cenas de tirar o fôlego, referências históricas, novas personagens cheias de potencial e muitos “monstros” fantásticos.

Newt Scamander (Eddie Redmayne) reencontra os seus queridos amigos Tina Goldstein (Katherine Waterston), Queenie Goldstein (Alison Sudol) e Jacob Kowalski (Dan Fogler). Ele é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Albus Dumbledore (Jude Law), para enfrentar o terrível feiticeiro das trevas Gellert Grindelwald (Johnny Depp), que escapou da custódia da MACUSA (Ministério Mágico dos EUA) e reúne muitos seguidores, dividindo o mundo entre seres magos sangue puro e seres não-mágicos.

A fuga de Grindelwald do Ministério da Magia Americano não fazia antever a grandiosidade dessa primeira cena. Esta sequência de abertura, inclusive, parece marcar o clima que o resto do filme tem: escuro, algo pesado, com sentimentos de angústia e falta de comunicação. Com uma fotografia excelente, o filme parece voltar a tornar real a magia da qual os fãs de Harry Potter já sentiam falta. Porém, quem for ao cinema à espera de ver um Dumbledore em ação, tirem o cavalinho da chuva, pois embora Jude Law esteja sublime no papel, o feiticeiro não é o foco principal deste segundo filme da nova saga.



Durante a primeira metade, somos apresentados a várias e incríveis novas criaturas. O tempo dedicado às mesmas parece ser um dos poucos pontos do enredo que se desenrola com mais calma. E o desenvolvimento de Newt é bem agradável de assistir. No decorrer da história, Eddie Redmayne consegue fazer com que gostemos cada vez mais do “magizoologista”.

Na segunda, vemos novos e perigosos contornos tomarem rumo relacionados com Credence, que aqui parece ter adquirido o controlo do seu obscurial e está em busca da sua identidade. Mas o peso que Johnny Depp traz para o terrível Grindelwald é inegável. A dissimulação, o charme, os discursos prepotentes… em suma, fascinante!



Em meio de um deslumbrante resultado técnico e visual, “Os Crimes de Grindelwald” faz um excelente trabalho ao nos fazer adentrar ainda mais na sua mitologia e abrir-nos interpretações. Porém, este ainda é o segundo filme parte de uma saga de cinco e ficamos a perceber que há mais histórias a serem contadas. Uma coisa é certa: nada do que aqui acontece irá mudar os factos de Harry Potter. E acreditem, mesmo ficando com a sensação de se tratar mais de um "meio de um enorme filme" do que um filme com uma história independente, o “Os Crimes de Grindelwald” empolga bastante e deixa-nos (muito) ansiosos pela continuação.




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