“X-Men: Apocalipse” (no original X-Men: Apocalypse) é um novo filme de super-heróis, desta feita baseado nas fantásticas personagens X-Men da Marvel Comics. É a sequência direta de “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” e já o nono “capítulo” da série de filmes X-Men no cinema. Realizado por Bryan Singer, o filme apresenta um elenco de luxo, com James McAvoy (Prof. Charles Xavier), Michael Fassbender (Magneto), Jennifer Lawrence (Raven/ Mística), Nicholas Hoult (Hank McCoy/ Fera), Rose Byrne (Profª Moira McTaggert) e Lucas Till, que voltam nos seus respectivos papéis, enquanto Oscar Isaac é o vilão de serviço do título. Olivia Munn (Psylocke), Evan Peters (Mercúrio), Kodi Smit-McPhee (Noturno), Sophie Turner (Jean Grey), Tye Sheridan (Ciclope), Alexandra Shipp (Tempestade), Josh Helman, Lana Condor (Jubileu) e Ben Hardy (Anjo), bem como a participação de Hugh Jackman (Wolverine), completam o quadro.

Apocalipse, também conhecido como En Sabah Nur, é o primeiro e mais poderoso mutante do mundo. Após milhares de anos, ele volta à vida disposto a garantir a sua supremacia e a acabar com a humanidade. Para o efeito, ele seleciona os seus Quatro Cavaleiros do Apocalipse ao “recrutar” uma equipa de mutantes, como Magneto, Psylocke, Anjo e Tempestade. Do outro lado, para lhes fazer frente, estão o Professor Xavier, Raven, Fera e Mercúrio, e uma série de novos alunos, como Jean Grey, Ciclope e Noturno, que tudo farão para tentar impedir o mega vilão.

A cena de abertura é impactante. Apocalipse (Oscar Isaac) é revelado com pompa e circunstância egípcia para situar a parte religiosa da história numa época em que a mutação era vista como superioridade divina, e não genética. É na década de 80, mais precisamente no ano de 1983, que o filme encontra a sua grandiosidade, entre o mundano e o fantástico.

“Pelo menos, concordamos que o terceiro filme é sempre o pior de uma saga”, afirma uma jovem Jean Grey ao sair de uma sessão de “O Regresso de Jedi”. Esta é uma piada sobre o terceiro filme de uma trilogia ser sempre o pior. E é uma clara referência a “X-Men - O Confronto Final” (2006), que gerou uma unanimidade como o pior filme da saga mutante a chegar aos cinemas. Porém, este novo filme também poderia estar a fazer uma autocrítica, afinal, trata-se do terceiro X-Men após o “reboot” com “X-Men: Primeira Classe”...

Mas em “X-Men: Apocalipse”, Bryan Singer tenta evitar a repetição dessa sina, ao retornar ao universo que criou em 2000 para abraçar as possibilidades deixadas por “Dias de Um Futuro Esquecido” e concluir este percurso com mais dignidade. Além de contar com um excelente elenco, Singer sabe criar momentos empolgantes, como a luta de mutantes numa jaula no centro de um antigo teatro de Berlim Oriental, a evolução dos poderes de Magneto ou a já "obrigatória" cena com Mercúrio, que continua a eclipsar o filme, tal como no filme anterior. Mercúrio surge ao som de "Sweet Dreams (Are Made Of This)", dos Eurythmics, para protagonizar a cena mais fantástica do filme.

“X-Men: Apocalipse” cumpre bem o seu papel de entretenimento. Bons atores, excelentes momentos e um realizador competente... Com os efeitos especiais no ponto, é um filme que não desilude os fãs desta equipa de mutantes.


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