Mais uma ante-estreia a que fui, desta feita para um “filme pipoca”, como o definiu quem me convidou. De facto, é um filme de acção, sem grande história, mas este tipo de filmes que fazem subir a nossa adrenalina também nos fazem falta, para nos distrair e abstrair. Após o bem recente “Tomb Raider” (também da Warner Bros.), chega-nos mais um filme derivado de videojogos, neste caso, inspirado num com o mesmo nome, criado pela empresa norte-americana Midway Games. Realizado por Brad Peyton (o mesmo de "San Andreas" e "A Encarnação do Mal") e protagonizado por Dwayne “The Rock”Johnson, Naomie Harris, Jeffrey Dean Morgan, Joe Manganiello e Malin Akerman, “Rampage” é um filme de acção, aventura e muita destruição, onde o efeito XXL parece ter tomado conta. Pois, como o próprio slogan do filme indica: “big meets bigger”.

Davis Okoye é um primatólogo reconhecido que, nos últimos anos, se tem dedicado a acompanhar o crescimento de George, um gorila albino de personalidade dócil e inteligência superior. Apesar do interesse académico associado, a ligação emocional entre os dois vai muito além da investigação. Okoye acabou por adoptar George quando este era infante. Porém, quando ocorre uma experiência clandestina destinada, por obra do acaso, a um grupo de animais que inclui George, devido a uns recipientes caídos da atmosfera terrestre, Davis vê o comportamento do seu companheiro alterar-se radicalmente, mostrando sinais de grande agressividade e descontrolo. Ao que tudo indica, tal experiência provocou alteração no código genético de todos os animais em estudo, transformando-os em predadores gigantescos, altamente perigosos e astutos. Ao perceber que o seu amigo símio se tornou uma ameaça para os seres humanos e que, muito em breve, terá de ser abatido pelas autoridades, Davis encontra apenas uma solução: descobrir um antídoto antes que o problema se transforme numa catástrofe à escala planetária…

Conforme se pode notar, a premissa de “Rampage”, embora simples, consegue funcionar muito bem e “enganchar-nos”, proporcionando-nos momentos dramáticos intercalados com alguns outros cómicos e até ternurentos, tornando-se num filme divertido de se ver. Destaque para um aspecto fulcral do filme - o uso do CGI, o que faz com que cenas de destruição e calamidade resultem agradáveis de se ver. Sem dúvida, este é um daqueles filmes que pela experiência visual e sensorial merece mesmo a pena ser visto numa sala IMAX 3D, tal como eu o pude ver aquando da ante-estreia.

No que toca aos actores, não esperem grandes desempenhos pois o filme também não pede tal, mas estão todos bem dentro das suas limitações. E assim como iniciei, volto a referir que quando vamos ver “Rampage” não podemos ir com a expectativa de que seja um grande filme, mas acreditem, resulta numa história sólida que nos consegue entreter bastante. Trata-se de um daqueles óptimos filmes para se ver numa altura em que nos apetece ir ao cinema para algo que não seja muito sério e que disponha bem.

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