Há algum tempo que não falava aqui de filmes, mas o meu regresso a este tipo de posts é agora feito pela “porta grande”… “Avatar”, um dos melhores filmes do ano, vem encerrar a década cinematográfica em cheio. Há muito que um filme não gerava tanta procura e, ao mesmo tempo, tamanha notoriedade e um sem número de notícias. James Cameron, depois de "Titanic", regressa, finalmente, fazendo uso de uma nova tecnologia que promete revolucionar o cinema 3D e a tecnologia de captura digital de movimentos.

Em “Avatar”, a ficção resume-se a um futuro distante, com o Homem dotado de uma tecnologia muito avançada, que lhe permite deslocar-se entre sistemas solares. Estamos num tempo em que a Terra colonizava novos planetas... Numa viagem ao sistema solar mais próximo, a humanidade encontra no planeta Pandora, uma riqueza de valor incalculável. Só que há um senão: Pandora é habitado por autóctones de formas humanóides exóticas, denominados de Na`vi. Uma raça inteligente, com língua e cultura próprias. Numa tentativa de encontrar algum entendimento com estes, para uma posterior negociação, um ex-fuzileiro paralítico de pernas, Jake, parte em missão e vê-se envolvido em hostilidades. Como passa a ser um “Avatar” (a sua mente humana encontra-se presente num corpo alienígena), Jake acaba por ficar dividido entre dois mundos, numa desesperada luta pela sobrevivência…

Embora o argumento seja curioso, não é, de todo, o forte do filme. Mas não é necessariamente preciso um argumento muito elaborado, quando estamos perante um filme que nos transporta para uma outra dimensão, nunca antes vista! Muitos críticos esquecem-se que o cinema também é entretenimento. Por isso, não é imperioso possuir uma narrativa forte para resultar num filme brilhante... ´Por outro lado, “Avatar” apresenta-se como um novo marco na história do Cinema. Se “A túnica”, em 1953, foi historicamente assinalável (foi com este filme que Hollywood se lançou no formato CinemaScope, para fazer frente aos já populares ecrãs de televisão), é provável que “Avatar” venha a conquistar um lugar semelhante no cinema americano do século XXI - um filme determinante na consolidação dos novos recursos do cinema a três dimensões.

Em termos formais, o filme é deslumbrante e consegue-nos transportar e envolver-nos totalmente num mundo alternativo e belo. Em termos de conteúdo, apresenta-se com um argumento simples, mas também muito actual, com uma clara mensagem política e ecológica. Estejam certos de que, durante cerca de duas horas e meia, este nova obra de James Cameron vos transporta numa fascinante viagem ao futuro, imergindo-vos num imenso imaginário de fantasia e entretenimento. Os efeitos visuais são assombrosos. A direcção artística exímia. E apesar de 60% do filme ter sido concebido com recursos às tecnologias mais sofisticadas, o trabalho feito pelos actores não desilude, pelo contrário. O principal protagonista, Sam Worthington, que já tinha chamado a atenção no 4.º filme da saga "Exterminador Implacável", confirma o seu talento. Sigourney Weaver interpreta uma credível bióloga e Zoe Saldana, traz-nos uma fantástica heroína Na`vi, que só nos é dada a conhecer através da tecnologia. Não percam “Avatar” por nada!

Eu tive o privilégio de assistir à sua ante-estreia, patrocinada pela TMN, a convite da minha amiga Mafalda Teixeira, a quem, mais uma vez, fico agradecido. Portanto, se fiquei maravilhado com o filme, imaginem a minha surpresa ao saber que tinha sido contemplado com o novíssimo LG New Chocolate BL40. Um “must”, é o que vos digo!

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