Eis-me aqui a dar conta de mais uma campanha de alerta contra a injustiça e o abuso dos Direitos Humanos. Porque nunca é demais... As Nações Unidas lançaram e prosseguem com a sua campanha contra a discriminação. A “Free & Equal” é uma campanha sem precedentes de educação pública global deste organismo para a igualdade de lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais (LGBT). Um projeto do United Nations Human Rights Office que está a ser implementado em parceria com a Purpose Foundation, a “Free & Equal” vai aumentar a sensibilização da violência e discriminação dos homofóbicos e transfóbicos e promover um maior respeito pelos direitos das pessoas LGBT por todo o lado. A campanha pretende mobilizar milhões de pessoas ao redor do mundo em conversas e discussões que ajudem a promover o tratamento justo de pessoas LGBT e gerar apoio em medidas para proteger os seus direitos. No ano passado, a UN Women lançou uma campanha de publicidade inteligente, projetada para realçar a prevalência de atitudes sexistas. A campanha usa a função de preenchimento automático do Google para revelar o que as pessoas realmente digitam no seu motor de busca quando acham que ninguém está a olhar. Os resultados são deprimentes, até mesmo chocantes. Digitem as palavras "as mulheres devem", por exemplo, e irão ver que as formas mais comuns para completar a frase são "ficar em casa," "ser escravas" ou "estar na cozinha." Por outro lado, se colocarem algo do tipo "as mulheres não deveriam" e automaticamente a frase é completada com "ter direitos," "votar" ou "trabalhar".
Inspirado por estes anúncios, a campanha Free & Equal, fez uma espécie de anúncios “spin-off” que mostram o que acontece quando se repete a busca no Google, substituindo "gays" por "mulheres". A filosofia é a mesma: colocando no motor de busca expressões como "os homossexuais podem", "não podem", "devem" ou "não devem", o resultado são ideias como "os homossexuais devem ser mortos" ou "não devem poder adotar" ou ainda "devem calar-se". Estes anúncios algo chocantes, também mostram as pessoas com a boca tapada pela pesquisa do Google, terminando com a frase "Os direitos das pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais são direitos humanos". A campanha "Free & Equal" surge porque embora tenha havido progresso nos últimos anos, incluindo, em muitos países, importantes vitórias legais, medidas de combate à discriminação e um aumento nos níveis de apoio público para a igualdade LGBT, indo mais fundo, os ódios permanecem. Mais de 76 países criminalizam relacionamentos consensuais do mesmo sexo, de acordo com um relatório do ACNUDH de 2011 sobre violência e discriminação contra pessoas LGBT, onde as sanções vão das sentenças de prisão à execução. Entretanto, muitos mais países possuem discriminações com base na força de trabalho, na educação, nos sectores de saúde e outras áreas da sociedade, segundo a ONU. Por isso, não nos esqueçamos porque nos devemos comprometer na luta pela igualdade LGBT e com a "Free & Equal", o ódio homofóbico está agora na agenda da ONU.
Em termos de famosos a dar a cara, o rapper americano Macklemore e o produtor musical Ryan Lewis são os artistas mais recentes a comprometerem o seu apoio para com a "Free & Equal", ajudando a espalhar as mensagens da campanha através dos meios de comunicação sociais. Seu lema “NO FREEDOM 'TIL WE'RE EQUAL, MACKLEMORE & RYAN LEWIS SUPPORT IT!” Eles vêm, assim, juntar-se à estrela pop latina Ricky Martin, à cantora sul-africana Yvonne Chaka Chaka, à atriz de Bollywood Celina Jaitly e à cantora brasileira Daniela Mercury. Sobre esta dupla, convém lembrar que Macklemore & Ryan Lewis são os autores da canção "Same Love", gravada para o álbum de estreia de ambos “The Heist”, de 2012 e que conta com a participação da cantora Mary Lambert. A sua letra faz referência à legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, tendo sido utilizada na campanha para o Washington Referendum 74, que foi mais tarde aprovado e permitiu a união de facto entre homossexuais no estado de Washington. Razão pela qual Madonna se associou e a interpretou com a dupla, nos Grammy deste ano. Passem a palavra: "Direitos Humanos para todos, sem nenhuma diferença”. Mais informações no site: www.unfe.org

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