Ainda não dá para perceber se “Focus” será um grande sucesso de bilheteira, capaz de colmatar os últimos insucessos de Will Smith, mas, pelo menos, em termos de qualidade , houve uma clara evolução. O filme pode não ser extraordinário, mas cumpre bem a sua função de entreter o espectador. Em “Focus”, Will interpreta Nicky, um trapaceiro profissional, que vive de pequenos golpes, mas possui uma verdadeira quadrilha organizada que o apoia nas actividades ilícitas. Eis que ele conhece uma golpista, Jess (Margot Robbie) bem menos experiente. Ela vê nele a possibilidade de aprender mais sobre a sua "profissão" e ele, vendo potencial nela, começa a treinar a novata. Jess faz uso de toda a sua beleza para os golpes só que, aos poucos, vai conquistando o coração de Nicky. Entrando numa grande confusão, para ter a rapariga estonteante nos seus braços, Nicky não mede esforços e acaba por ter de enfrentar um empresário milionário (interpretado pelo actor brasileiro Rodrigo Santoro).

Realizado por Glenn Ficarra e John Requa, realizadores responsáveis por “Amor, Estúpido e Louco” ou “Eu Amo-te Phillip Morris”, “Focus” é uma divertida mistura entre romance e (muita) vigarice. Recheado de voltas e reviravoltas, o filme leva-nos por caminhos bem diferentes do previsível e isso é o que resulta mais interessante. Com muita imprevisibilidade, a forma “deliciosa” com que nos envolve e cativa faz com que a história resulte e nos entretenha do princípio ao fim. Will Smith e Margot Robbie têm uma química excelente e parte do filme resulta por este facto. A banda sonora também não é de se deitar fora, com músicas ao nível de “Sympathy For The Devil”, dos lendários The Rolling Stones e com dois temas originais da banda portuguesa Dead Combo, “Lisboa mulata” e “Rumbero”.

“Focus” não é, nem pretende ser uma obra-prima. É apenas um filme que resulta por ser aquilo que é, ou seja, um belo filme de entretenimento. Mais info em http://www.youtube.com/WarnerBrosPortugal e www.twitter.com/warnerbros_PT


Etiquetas:

Comente este artigo