Já começaram a ser famosos no ano passado, mas estes veículos aéreos não tripulados, usados para fins recreativos, já estão à disposição de qualquer fotógrafo. E agora, ao olhar para o céu e vermos um destes pequenos robôs com câmaras fotográficas ou de filmar, podem ficar descansados. Não são OVNIS, não se tratam de extraterrestres, nem de adereços de filmes de ficção científica, como Star Wars. Os drones são apenas uns pequenos veículos aéreos, com controlo remoto, usados para produzir imagens aéreas através de uma panorâmica única. E, claro, estão rapidamente a conquistar fãs por todo o lado, tanto profissionais da área, como amadores. Isto porque os drones são das máquinas mais úteis na área da fotografia, uma vez que proporcionam uma perspetiva diferente das fotos tiradas a partir de aviões e helicópteros. Mas se as imagens tiradas pelos drones são, de facto, fantásticas, quem os usa tem que ter muito cuidado para não o fazer em sítios com muitas pessoas por perto. Podem ser perigosos, quando usados incorretamente…

Então, afinal, como funcionam? Há vários, mas os drones mais básicos têm uma bateria, um sensor no meio e três ou quatro hélices. Têm também GPS, rádio e, claro, uma câmara. Um aparelho não tripulado deste género pode chegar aos 80km/h, sendo controlado remotamente, o que ajuda a orientar o sentido da câmara. Depois, as imagens produzidas podem ser monitorizadas por computador, tablet ou smartphone. Quanto aos preços destas engenhocas, variam entre os €1.000 e os €2.200 e não são difíceis de encontrar. Agora, muita atenção, pois, dependendo da lei de cada país, há zonas onde os drones são proibidos de sobrevoar (em Portugal, ainda estão a ultimar as regras e, para já, vigoram as “Leis do Ar”). Aliás, a lei de uso de drones é um pouco problemática. França é um dos poucos países que já estabeleceu algumas normas especificamente destinadas a regular o uso comercial e civil dos drones. A maioria dos países ainda não tem regulamentação, como é o caso do nosso país. A explicação para este vazio legislativo pode estar relacionada com a controvérsia instalada à volta destes gadgets que são, muitas vezes, comparados a drones militares.

Graças à sua crescente popularidade, a fotografia realizada com recurso a drones deu até origem a uma rede social própria, batizada de Dronestagram, plataforma que se centra na partilha de fotografias tiradas com drones por todo o mundo. Com cerca de 10 mil membros, e com o patrocínio de uma publicação lendária na história da fotografia, a National Geographic, o site até já promoveu competições dedicadas à fotografia tirada através de drones. “Trata-se de uma nova linguagem visual, uma nova forma de ver e descobrir o mundo, uma espécie de novas camadas de imagens”, defende Eric Dupin, fundador do Dronestagram e grande entusiasta da fotografia aérea. Para Eric, este sofisticado gadget apresenta enormes benefícios: “Os drones podem ir a sítios onde nenhuma outra engenhoca pode ir e fotografar de ângulos incríveis”, argumenta.

Mas há mais! O Pocket Drone (ou drone de bolso) foi criado para todos os interessados em tirar belas fotografias aéreas com uma câmara comum. É pequeno e leve, e até pode ser transportado numa mochila. “A ideia é ser capaz de ver, a partir de cima, e perceber o nosso mundo de uma nova e entusiasmante forma, com aplicações que vão desde as selfies aéreas (as já chamadas dronies), a algo mais complexo, como registar alterações ambientais”, explica Timothy Reuter, CEO da AirDroids, empresa por detrás do Pocket Drone. No entanto, quem pilota o drone não se pode limitar apenas a brincar durante o seu “vôo”. “Temos quer ter sempre atenção se estamos a interferir com a aviação tripulada, ou se não tiramos fotos a quem não quer ser fotografado”, diz Reuter.

Não há dúvida, estas máquinas voadoras com câmaras vieram para ficar e são muito apreciadas por fotógrafos, jornalistas e outras profissões da comunicação social. Podem ser facilmente transportadas para todo o lado e dão oportunidades únicas de obter grandes fotografias, o que significa também menos custos para as tirar.

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