Hollywood, anos 50. Edward Mannix (Josh Brolin) é o responsável por proteger as estrelas do estúdio Capitol Pictures de escândalos e polémicas. A viver um dia-a-dia de forma intensa, eis quando Baird Whitlock (George Clooney), actor principal da superprodução “Hail, Caesar!”, é misteriosamente raptado a meio das filmagens por uma organização chamada "Futuro". Com isso, Mannix, o assistente de produção da longa-metragem em curso, vai ter que fazer de tudo para encontrar o seu actor e impedir que o filme seja arruinado.

Com um elenco espectacular, este "Salve, César!" dos irmãos Joel e Ethan Coen, traz-nos ainda Scarlett Johansson, a viver DeeAnna Moran, uma actriz a la Esther Williams, que engravida durante a produção de um grande filme. Temos também Tilda Swinton a fazer o papel de duas irmãs gémeas jornalistas/colunistas sociais, Ralph Fiennes como realizador, Channing Tatum como actor de musicais e sapateados, Frances McDormand como editora e Alden Ehrenreich como Hobie Doyle, o actor canastrão de westerns. Jonah Hill e Christopher Lambert completam o elenco. "Ave, César!" é já a oitava colaboração de Frances McDormand com os irmãos Coen (bom, a actriz é casada com um deles, Joel).

Para muitos, como eu, o filme é uma delícia, mostrando-nos os bastidores de diversas produções do cinema da década dourada. Vamos assistindo a pequenos filmes, cenas, dentro do enredo principal, que apresentam elementos musicais e danças coreografadas, mas o filme, em si, não pode ser descrito como se tratando de comédia musical. Vai um pouco mais longe…

Contudo, entendo aqueles que não se deslumbraram. Apesar de muitos, como eu, terem ficado animados com este filme, por ser escrito e realizado por Ethan e Joel Coen, isso não significa necessariamente que o filme seja 100% bom. O enredo acaba por ser um pouco fraco, confesso. E isto tende a acontecer quando uma grande quantidade de estrelas de Hollywood estão juntas num mesmo filme.

Mas não deixa de ser uma homenagem ao cinema da década de 50. “Salve, César!” é, por isso, um filme único no panorama actual, com alguma sátira própria dos Cohen, um desfile de actores de gabarito que são um festim para o olhar, cenas bem "retro" que nos remetem para eras gloriosas do cinema, enfim, dispõe bem e entretém muito. Vale a pena, em todos os sentidos!

Etiquetas:

Comente este artigo