Um dos primeiros filmes de terror de 2016, “A Floresta” é um desses filmes do género que começa com uma ideia intrigante e que nos prende até ao ponto de ser tornar arrepiante. Decentemente executado, “A Floresta” é o filme de estreia do realizador Jason Zada, construído em volta de uma convincente performance de Natalie Dormer, a mesma actriz da série “Game of Thrones” (“A Guerra dos Tronos”).

Sara Price (Natalie Dormer) tem uma irmã gémea, Jess (também Dormer) e está preocupada com o seu desaparecimento misterioso. O seu maior receio é de que a irmã tenha ido parar à floresta de Aokigahara, no Japão, mais conhecida como a “floresta dos suicidas”. Apesar de todos a alertarem para não ir, Sara decide enveredar pela floresta, repleta de horrores inexplicáveis, determinada a descobrir a verdade sobre o destino de sua irmã.

A tal floresta de Aokigahara, também conhecida como Mar de Árvores, é uma floresta de 35km² situada na base noroeste do monte Fuji e um local habitualmente usado por suicidas, que pretendem pôr termo à vida. Apesar dos diversos avisos para se manter nos trilhos, Sara acaba por entrar nas profundezas da floresta, onde vai sendo confrontada com as almas atormentadas dos mortos, que perseguem quem se atreva a cruzar os seus caminhos. Para os comuns, tratam-se de meros fantasmas, mas para os nativos, trata-se de uma entidade bem pior: os “yurei”.

Ao longo do percurso de Sara, vamos tendo bastantes "jump scares", sustos que aparecem de repente. Mas também alguns "cheap thrills", sustsos fáceis para assustar audiências, ou seja, vamos dando conta de alguma falta de ritmo e superficialidade. “A Floresta” acaba por se revelar apenas em mais uma obra num género bem explorado, não se destacando. Contudo, a performance de Dormer é um dos pontos fortes do filme e, após alguns sustos sucessivos, a parte final surpreende.


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