Pois, já devia ter falado sobre este filme há algum tempo, até porque fui à sua ante-estreia, mas o tempo nem sempre me permite escrever quando quero e me apetece, apenas quando posso…

O filme “A Rapariga no Comboio” é baseado no livro de Paula Hawkins, com o mesmo título, que acabou por ser o mais vendido de 2015. Eu digo sempre que o pior erro que se pode cometer é o de se ir ver um filme baseado num livro, que ainda está muito "fresco". Razão pela qual, ainda não fui ver “Inferno”, pois não acabei de ler o livro da Dan Brown. Quando se gosta muito de uma obra, é difícil não se ficar desiludido com a sua adaptação à tela. Por isso, ir ver um filme pouco tempo depois de se ter lido o livro não é, de todo, aconselhável. Neste caso, não tinha lido “A Rapariga no Comboio”, pelo que o filme resultou sinistro e surpreendente.

“A Rapariga no Comboio” foi transformado em filme em tempo recorde: cerca de ano e meio separam o lançamento da versão escrita da sua estreia nos cinemas. Com realização a cargo de Tate Taylor, temos a excelente Emily Blunt no papel de Rachel Watson, uma mulher que luta para manter a sanidade após um difícil e doloroso divórcio. Durante a semana, ela está sempre no comboio, indo e voltando de Manhattan, num lugar à janela, procurando distrair-se e alienar-se da sua vida. Contudo, o percurso torna-se numa grande armadilha, pois o comboio passa em frente à antiga casa que dividia com o agora ex-marido Tom (Justin Theroux), onde agora vive com a nova namorada. Por isso, Rachel prefere manter a sua atenção sobre uma outra casa e desenvolve uma certa obsessão pelos ocupantes do número 15 da Beckett Road. Nessa casa, mora o casal Megan (Haley Bennett) e Scott (Luke Evans). Observando a vida dos dois, durante meses, ela fantasia a mesma, imaginando que a vida deles seja perfeita e tranquila, fazendo deste seu faz-de-conta um refúgio para a separação de Tom. Sem se aperceber, Rachel acaba por se envolver no desaparecimento de Megan, ao mesmo tempo que tudo faz para acreditar em si mesma.

E mais não posso revelar… Desconcertante! Foi esta a palavra que me veio à cabeça quando deixei a sala. O filme de suspense da DreamWorks Pictures, distribuído pela Universal Pictures, resulta surpreendente. É mesmo um bom "thriller", que vale a pena ser visto nos cinemas.

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