Eis um filme de que há muito deveria ter falado, pois fui à sua ante-estreia na primeira semana de Fevereiro, mas, uma vez ainda em cartaz, estou a tempo de o aconselhar. Este é um filme de ficção cientifica bem animado e cheio de efeitos especiais, onde os realizadores de "Matrix" mostram todos os seus artifícios como cineastas numa obra tecnicamente eficiente.

Tudo gira à volta do nascimento de Jupiter Jones, que auspiciava um grande destino. Jupiter Jones nascera numa noite peculiar, sob sinais que prenunciavam estar destinada a grandes acontecimentos. Já adulta, Jupiter sonha com as estrelas mas acorda todos os dias para a dura realidade de um emprego a limpar a casa dos outros e um outro sem fim de afazeres. Mas quando Caine Wise, um ex-militar geneticamente manipulado, chega ao planeta Terra para a procurar, Jupiter começa a ter uma breve ideia do que o futuro lhe reservava – ela acaba por ser a sucessora em linha de um extraordinário legado cósmico que pode mesmo alterar a ordem do Universo. Porém, apesar de incrédula no que Caine acaba de lhe contar, Jupiter depressa percebe que a sua vida corre sério perigo e que, para sobreviver, apenas poderá contar com a sua própria coragem e a deste desconhecido extra-trerreste…

Realizado pelos irmãos Lana e Andy Wachowski, este é um "thriller" futurista, que conta com Mila Kunis e Channing Tatum nos principais papéis. Desde que realizaram o primeiro “Matrix” que os irmãos Andy Wachowski e Lana Wachowski tentam voltar a fazer um grande filme. As suas continuações decepcionaram um pouco e os filmes seguintes não empolgaram o grande público. Agora, com “Ascensão de Júpiter”, é certo de que ainda não foi desta vez que ambos realizaram um filme tão brilhante quanto “Matrix”, mas na verdade, este filme não pretende ser melhor, apenas ser um belo filme de ficção cientifica e, nisso, cumpre bem a missão.

Completam ainda o elenco Sean Bean, como o mentor de Caine chamado Stinger e Eddie Redmayne, como o vilão de serviço Balem. O orçamento avultado da produção é bem perceptível. A direção de arte, os figurinos, a maquilhagem e os efeitos especiais são, de facto, um deslumbre. A banda-sonora de Michael Giacchino é grandiosa e emocionante, conferindo mais emoção à acção do filme. Inclusive, alguns dos conceitos elaborados pelos Wachowski resultam interessantes, como a explicação científica para reencarnação. Por tudo isso, este é um filme que deleita o nossos olhar e nos entretém. Ainda nos cinemas…

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