Foi no dia 23 de agosto de 1991 que a World Wide Web (ou WWW) se tornou acessível, pela primeira vez, ao público. Um projecto inicialmente dedicado à partilha restrita de informação no seio da comunidade científica e hoje tido como uma indispensável ferramenta.

Há um quarto de século, a commumente chamada de "internet" mostrava-se com as bases daquilo que é actualmente, pelas mãos de Tim Berners-Lee, tido como o "pai" desta rede que se veio a tornar na maior ferramenta de pesquisa, na maior fonte de conhecimento e parte fulcral da vida de todos.

Apesar de as datas exactas ainda serem alvo de debate, a internet, apenas como rede de computadores, surgiu nos anos 60 e pensa-se que a web, como se conhece hoje, tenha realmente surgido na década de 80. Mas foi apenas no verão de 1991 que o CERN anunciou que a WWW chegaria ao público em geral, através de Berners-Lee, em parceria com o seu colega engenheiro Robert Caillaiu, com a publicação online das primeiras páginas a descreverem o próprio projecto. Também tinha instruções de como criar um site e fazer pesquisas.

Actualmente, a Internet conta com mais de 3.000 milhões de utilizadores em todo o mundo. E este número é cada vez maior a cada segundo que passa. Será que há 25 anos atrás, o físico britânico Berners-Lee saberia que a internet seria o principal meio de comunicação da humanidade? Berners-Lee não recebe apenas os louros por ser a pessoa que levantou o primeiro domínio em HTTP, mas também por ter sido o principal a desenvolver o primeiro navegador e os primeiros padrões básicos (protocolo de transmissão e linguagem de programação HTML).
“O que fiz, qualquer um poderia ter feito”, comentou o físico. “A ideia de lançar a World Wide Web era como atirar um fósforo num celeiro cheio de palha. A web espalhou-se porque muitas pessoas contribuíram fortemente para que ela fosse aceite”. Muitos perguntam ao criador: não fica decepcionado ao ver tanta porcaria na web? Ao que Berners-Lee responde: “A internet deve ser um espaço universal – não devemos excluir área alguma. Mas ninguém é obrigado a ler tudo o que lá vem. A internet é, no geral, apenas um reflexo da vida.”

Em Portugal, o número de utilizadores da grande rede tem vindo a aumentar, embora bem lentamente. Segundo dados da ANACOM, a percentagem de portugueses que nunca utilizaram a Internet diminuiu, de 32% em 2014 para 28% em 2015. Estes números estão ainda muito aquém da realidade europeia. Apenas 27% dos cidadãos portugueses entre os 16 e os 74 anos utiliza a Internet, contra os 45% registados na UE. Mas, apenas como referência, segundo a Federação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novos Media (Bitkom), 86% das empresas com mais de dez trabalhadores está presente na internet. Ou seja, parece que fora dela, praticamente não se existe…

Ontem, foi também celebrado o Dia do Internauta – palavra que mescla “internet” com “astronauta” e se refere a alguém capaz de usar a internet. Tal como eu! Estamos todos de parabéns, pois o que seria a nossa vida hoje sem esta essencial ferramenta?




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