Ontem celebrou-se o Dia dos Namorados, também conhecido por Dia de São Valentim. Mas que foi este Santo? Dizem que terá sido bispo italiano no século III, condenado à morte por um imperador romano por recusar renunciar à sua fé católica e por celebrar casamentos em segredo. Ainda nos primeiros séculos, foi canonizado da Igreja. Porém, e aqui está a grande surpresa, ao contrário da maioria dos santos que se celebram ao longo do ano, São Valentim já não consta no calendário oficial dos santos desde 1969. Quer tal dizer que, oficialmente, ontem não foi dia de São Valentim.
Aliás, nem se sabe bem ao certo quem foi São Valentim. As histórias confundem-se e poderá haver três santos de nome Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga, mas a mais fidedigna é esta. O imperador Cláudio II, durante o seu governo, proibiu a realização de casamentos no seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Isto porque Cláudio acreditava que os jovens que não tivessem família ou mulher, iriam alistar-se com maior facilidade. Porém, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. O seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens atiravam flores e bilhetes a dizer que ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que atiraram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Artérias, filha do carcereiro. A mesma conseguiu permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram por se apaixonar e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim, depois da condenação à morte, foi decapitado a 14 de fevereiro de 270.
Contudo, desde 1969 a sua data, que até então era celebrado a 14 de fevereiro, não é mais celebrada oficialmente pela Igreja Católica em função da precariedade de comprovações históricas que põem em questão até mesmo a sua existência. Ainda assim, o santo padroeiro dos namorados continua a ser celebrado e dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países. Excepto no Brasil, onde João Doria, publicitário brasileiro, com a intenção de alavancar as vendas do comércio no mês de Junho, criou um Dia dos Namorados à brasileira, no dia 12 de Junho, véspera do dia de Santo António, o santo casamenteiro na cultura portuguesa.
Mas o mais importante é que existe uma data em que se celebra o amor, em todas as suas formas!
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