Este era um confronto muito aguardado, confessem. Desde que houve o
 reeboot do MonsterVerse (Universo dos Monstros) que esta ideia já vos havia passado pela cabeça...

De facto, muitas décadas após o filme King Kong vs. Godzilla original de 1962, os dois monstros icónicos da cultura popular encontram-se novamente, com a promessa de um vencedor definitivo. Depois dos três primeiros filmes do MonsterVerse, “Godzilla” (2014), “Kong: Ilha da Caveira” (2017) e “Godzilla II: Rei dos Monstros” (2019), eis que surge agora “Godzilla vs. Kong”.

Nesta nova e atual versão, duas poderosas forças da natureza vão se enfrentar numa grande batalha. Enquanto a organização científica secreta Monarch investiga e estuda a origem dos Titãs, a Apex Cybernetics surge com a intenção de acabar com todo este tipo de criaturas, sejam elas ameaçadoras ou não. E o mundo, será que irá sobreviver ao embate destes dois monstros? Enquanto o gorila gigante está do lado dos “bons” (ou seja, dos humanos), o lagarto desmesurado surge impiedoso, com sede de destruir tudo. Os dois vão protagonizar combates de encher a vista, como o primeiro, que ocorre em alto mar. Porém, a principal ameaça surge com uma criatura que é resultado da intervenção humana... o robot cibernético Mechagodzilla.

Dr. Nathan Lind (Alexander Skarsgård) leva Kong para a Antártica na tentativa de que este o levasse à Terra Oca (um lugar que poderá vir a ser explorado numa possível sequência no MonsterVerse). Ele usa o primata gigante como o seu guia neste antigo ecossistema localizado no centro da Terra, composto por uma rede subterrânea de túneis que cruzam o mundo inteiro e também é o lar de todos os Titãs. Assim, o gorila gigante e os seus protetores embarcam numa perigosa jornada para encontrar o seu verdadeiro lar. Entre eles está Jia (Kaylee Hottle), uma jovem órfã surda-muda que tem uma ligação única e forte com Kong, e a sua mãe adoptiva, Dra. Ilene Andrews (Rebecca Hall), uma linguista antropológica que de alguma forma foi convencida a se mudar para uma simulação da Ilha da Caveira e trabalhar com King Kong. Contudo, eles desconheciam que estavam no caminho de um Godzilla enfurecido, que deixava um rastro de destruição por onde passava. Godzilla ataca a equipa e consequentemente Kong quando estes se dirigiam para o Pólo Sul. Este combate épico entre os dois titãs, instigado por forças ocultas, é apenas o começo do mistério que jaz no núcleo da Terra... Realizado por Adam Wingard, o filme conta ainda com actuações de Millie Bobby Brown, Brian Tyree Henry, Shun Oguri, Eiza González, Julian Dennison, Kyle Chandler e Demián Bichir.


Godzilla sagrou-se Rei dos Monstros ao derrotar o Guidorah e outros monstros que o desafiaram em “Godzilla II: Rei dos Monstros”. Porém, nunca tinha atacado Kong antes porque a organização Monarch estava a proteger o primata na Ilha da Caveira, onde construíram uma redoma de contenção sobre toda a ilha para proteger Kong de um possível ataque do Godzilla. O receio da organização era que Godzilla procurasse Kong para fazer valer ainda mais a sua supremacia. Como ele é o último da sua espécie, protegê-lo de Godzilla era uma prioridade para a Monarch, desde que o descobriu em 1973. Outro dos motivos da construção da redoma foi devido a uma tempestade que extinguiu os indígenas, de onde surgiu Jia, que viviam na ilha anos atrás.

“Godzilla vs. Kong” mostra-nos o confronto clássico na história do cinema entre Godzilla e King Kong ambientado no MonsterVerse – franchising de monstros da Warner e Legendary. Esta nova versão é, na verdade, o 36º filme com Godzilla e o 12º com King Kong. E, conforme havia mencionado, ambos já tinham sido rivais em 1962, porém nunca com tanta ajuda dos efeitos especiais como atualmente. O filme quebrou recordes de bilheteira no seu lançamento internacional, tornando-se a maior estreia durante a pandemia. Agora com 345 milhões de euros de receitas, esta grande produção da Warner já ultrapassou os números do filme de ficção científica “Tenet”, de Christopher Nolan, que rendera 302 milhões de euros. Tais números estão a ser vistos como um sinal de esperança neste desconfinamento e um reflexo de que os espectadores estão sedentos do cinema espetáculo.



E quanto ao confronto? Conforme a interessante abordagem do site The Conversation, Godzilla provavelmente utiliza a sua cauda robusta tanto para o ataque, quanto para a defesa. No entanto, Kong, mais confortável em terra, é mais rápido e ágil, usa as suas pernas fortes para saltar e possui braços muito mais fortes do que Godzilla. E como macaco que é, provavelmente também faz uso de ferramentas e pode capitalizar a sua habilidade de arremesso. Ambos possuem uma mordida letal, com Kong provavelmente a obter uma ligeira vantagem. No entanto, a mordida de Godzilla não é de forma alguma fraca, pois todos os seus dentes são perfurantes. Na defesa, Godzilla assume a vantagem, com pele escamosa espessa e pontas afiadas. Ele pode até agir como um porco-espinho, virando as costas para uma ameaça que se aproxima rapidamente. No entanto, a agilidade superior de Kong em terra deve ser capaz de lhe oferecer também alguma proteção. Mas, convém não esquecer, Godzilla tem a vantagem de possuir um hálito atómico...

 

Portanto - e não vou ser spoiler - independentemente de quem sair vitorioso, esta batalha ficará nos anais da história do cinema para sempre. Não percam “Godzilla vs. Kong”, pois o confronto entre os dois monstros do cinema mais icónicos de todos os tempos merece.




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