O Dia Mundial da Terra é celebrado todos os anos, a 22 de Abril, em mais de 190 países. Nesta data, milhões de pessoas assumem o seu “compromisso com a proteção e a necessidade de preservar os recursos naturais, o ambiente e a sustentabilidade da Terra”. E hoje, mais do que nunca, tal é imperioso. Tome-se o exemplo de Portugal, onde os efeitos das alterações climáticas se têm feito sentir. Em pelo mês de Abril, mortes por afogamentos nas praias? Incêndios florestais? Este calor não é normal, extremamente elevado para a época... e onde estão as famosas “águas mil”?

 

Na sua 53ª edição, “Investir no planeta” foi o tema escolhido para as comemorações deste dia de 2023. Este tema alerta para a importância de se mudar as estratégias políticas e empresariais, no sentido de se tomarem medidas que possam minimizar os problemas diretamente relacionados com o clima. Portanto, este é o momento de investir na defesa do planeta e de preservar e proteger a nossa saúde, as nossas famílias, os nossos meios de subsistência. Um futuro verde é um futuro mais próspero, verdade?



Em comunicado, a ONU refere que “as alterações climáticas representam o maior desafio para o futuro da humanidade e para os sistemas dos quais depende a vida e que tornam o nosso planeta habitável.”

 

E então, o que podemos fazer pelo nosso planeta? Não me canso de falar sobre isto e provavelmente poderei repetir-me, mas mudar o mundo depende de cada um de nós! Por isso, o Dia Mundial da Terra é sempre dedicado à consciência, mas também a pequenos gestos que podemos fazer e incorporar para tornar o nosso belo planeta ambientalmente mais sustentável.

 

Aqui vos deixo algumas opções sustentáveis para melhorar a nossa pegada ecológica:

- Reduzir o consumo de bens alimentares, roupa e energia;

- Evitar o desperdício;

- Reutilizar tudo o que for possível;

- Reciclar;

- Aderir à compostagem;

- Plantar árvores;

- Adoptar lâmpadas LED;

- Evitar materiais plásticos;

- Utilizar transportes públicos ou até mesmo optar por veículos não poluentes, como por exemplo a bicicleta.



Tal como o Dia do Meio Ambiente, celebrado a 5 de junho, o Dia Internacional da Biodiversidade em 22 de maio ou o Dia Internacional das Florestas em 21 de março, o Dia Mundial da Terra – também chamado Dia Internacional da Mãe Terra – conta um enorme componente simbólico, mas representa muito mais do que isso. E todas estas datas parecem não ser suficientes para criar consciência, sobretudo em quem está no “poder”.

 

Desde o primeiro Dia da Terra, assinalado em 1970, observa-se, em conjunto com um crescimento populacional global, um crescimento nas emissões de Gases de Efeito de Estufa (GEEs) em cerca de 260% (segundo dados do Banco de Dados de Fatores de emissão da IEA), e de 0,94°C na temperatura global (dados da NASA). No cenário atual, surge a dúvida: se o Dia da Terra foi criado para valorizar a natureza e refletir sobre a relação destrutiva homem-natureza, por que o cenário natural se mantém retrógrado a melhorias? Este problema persiste devido a três principais razões: em primeiro lugar, os maus-hábitos que acarretam em más políticas e a ignorância de certas situações por parte das grandes empresas; em segundo, a falta de investimento financeiro para erradicar tal situação; e por último, o facto de os poderes políticos não colocarem nas agendas a problemática ambiental.


 

É um facto que, rotineiramente, muitos indivíduos, como eu, pratiquem hábitos benéficos em prol do meio ambiente. Contudo, ainda que alguns mudem os seus costumes para melhorar, a questão da crise ambiental é, infelizmente, mais profunda. Pelo que modificações individuais, ainda que importantes, são incapazes de fazer a necessária diferença. Mas por favor, não o deixem de fazer, de pôr em curso as boas práticas ambientais. Todos os dias!

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