Ao celebrar o seu 65º aniversário, a Barbie prova que a sua influência se estende muito para além do quarto de bonecas, sendo uma campeã de possibilidades ilimitadas para as gerações vindouras. Aqui faço um breve resumo da sua trajetória.

No universo dos brinquedos, poucas figuras são tão instantaneamente reconhecíveis como a Barbie. Com o seu estilo inconfundível, confiança audaz e versatilidade ilimitada, a boneca Barbie redefiniu o significado de ser um símbolo de feminidade e poder. Agora, ao atingir 65 anos, a Mattel celebra este marco com o lançamento de um novo livro, “My Barbie Story”, que narra a transformação da Barbie de simples boneca infantil para fenómeno cultural global.

 

 

ORIGENS HUMILDES

A Barbie teve um início modesto, mas profundamente inovador. Criada por Ruth Handler, cofundadora da Mattel, estreou-se na Feira de Brinquedos de Nova Iorque em 1959. A visão de Handler era clara e ousada: oferecer às meninas uma boneca que lhes permitisse imaginar um futuro para além das normas tradicionais. Batizada com o nome da filha de Handler, Barbara, a Barbie representou uma rutura em relação às bonecas bebé da época, sendo a primeira boneca com um corpo adulto. Desde o início, destacou-se com o seu estilo único e mensagens inspiradoras, incentivando as crianças a imaginarem-se em qualquer papel que desejassem.

SÍMBOLO DE PODER

Ao longo das décadas, a Barbie evoluiu, refletindo as mudanças sociais e culturais em seu redor. Nos anos 1960, tornou-se um ícone de moda, com um guarda-roupa cada vez mais vasto e colaborando com designers para criar tendências. Durante os anos 1980 e 1990, assumiu múltiplas carreiras, de astronauta a médica, mostrando que podia ser tudo o que quisesse e inspirando as raparigas a fazerem o mesmo. Este compromisso com a diversidade de possibilidades tornou-se o traço distintivo da Barbie, consolidando-a como um símbolo de empoderamento.

 

APENAS KEN

 

 

Em 1961, a Barbie expandiu o seu universo com a introdução do Ken, o seu companheiro, marcando um novo capítulo na sua narrativa. Igualmente criado por Ruth Handler, Ken era um namorado desenhado por mulheres para meninas. Assim como Barbie recebeu o nome da filha de Handler, Ken recebeu o nome do seu filho (Ken é a abreviação de Kenneth Carson). E assim, a dinâmica segura de namorado-amigo do relacionamento de Barbie e Ken foi estabelecida. Notavelmente projetado sem genitália, o boneco significa o primeiro encontro masculino nas brincadeiras das meninas e um espaço seguro para a prática de relacionamentos românticos.

 

AMBIÇÃO E EVOLUÇÃO

Os anos 1970 foram cruciais para a Barbie, que acompanhou as transformações sociais da época. Em sintonia com o movimento feminista, começou a afastar-se dos estereótipos, adotando papéis e estilos mais variados. As primeiras Barbies afro-americanas e hispânicas foram lançadas em 1971, num passo importante para a inclusão e diversidade. Nos anos 1980, a Barbie destacou-se como mulher de carreira, assumindo papéis como executiva, astronauta e até presidente. Paralelamente, colaborava com grandes nomes da moda, consolidando-se como um ícone de estilo.

 

MODA E COLABORAÇÕES

 

O guarda-roupa da Barbie expandiu-se ao longo das décadas, influenciado por designers renomados. Nos anos 1980, colaborou com Bob Mackie, e, mais tarde, trabalhou com nomes como Karl Lagerfeld, Vera Wang e Balmain. Hoje, parcerias com marcas como Christian Louboutin, Moschino e Balenciaga continuam a afirmar o seu estatuto de ícone da moda.

RESPOSTAS A CONTROVÉRSIAS

A Barbie também enfrentou críticas, sobretudo relacionadas com as suas proporções e os padrões de beleza que promovia. A Mattel respondeu a estas questões ao diversificar a linha, introduzindo bonecas de diferentes corpos, etnias e histórias pessoais, refletindo uma visão mais inclusiva.

UMA NOVA ERA COM O FILME

 

 

Em 2023, o filme “Barbie”, realizado por Greta Gerwig, trouxe a Barbie para o centro da cultura contemporânea. Com Margot Robbie e Ryan Gosling nos papéis principais, o filme abordou questões como identidade, feminismo e autoempoderamento, reafirmando a relevância da Barbie para novas gerações.

 

CELEBRAÇÃO DOS 65 ANOS


Para comemorar o seu 65º aniversário, o livro “My Barbie Story” destaca 108 histórias e fotografias de figuras inspiradoras, desde Helen Mirren e Claudia Schiffer a Samantha Cristoforetti e Susana Rodriguez. Este lançamento apoia ainda a igualdade de género, com as receitas a reverterem para a UN Women UK, através do “Barbie Dream Gap Project”. Uma celebração à altura do impacto cultural e social que a boneca Barbie continua a exercer.

 


 

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