Após ter visto o novo filme “F1” com o Brad Pitt, ainda estou a processar tudo o que senti. O som dos motores, o suor dos pilotos, o peso das decisões em milésimos de segundo… Tudo me apanhou de surpresa, apesar de eu já admirar o universo da F1 há algum tempo. Mas este filme teve outro impacto: despertou em mim uma vontade enorme de mergulhar mais fundo neste mundo e, claro, de partilhar convosco.
Por isso, fui à procura de curiosidades sobre este desporto que tanto fascina, e descobri coisas que, honestamente, não fazia ideia. Porque a F1 não é apenas supercarros e bandeiras axadrezadas. Desde os pilotos que perdem quilos a meio da corrida até à primeira corrida noturna, estes factos surpreendentes vão mudar a vossa perspetiva. Aqui vos deixo 7 curiosidade sobre a Fórmula 1 que me deixaram de boca aberta e que fazem ainda mais sentido depois de ver o filme.
1. A primeira corrida noturna foi um divisor de águas
Sabiam que a F1 só teve a sua primeira corrida à noite em 2008? Foi em Singapura e desde então, o glamour das luzes artificiais sobre os carros em alta velocidade tornou-se um verdadeiro espetáculo. O filme capta lindamente essa estética: a pista iluminada, o suor a brilhar no capacete, o drama sob os holofotes.
2. Os pilotos perdem até 4 kg numa única corrida
Quatro quilos! Sim, leram bem. Entre o calor do cockpit (que pode chegar aos 60 °C), a pressão constante e a desidratação, os pilotos saem do carro exaustos e mais leves. Quando vi o Brad Pitt no papel, senti mesmo essa intensidade física. Não é só acelerar, é resistir.
3. Um carro de F1 só dura cerca de 7 corridas
Ao contrário dos carros de estrada, estes bólides de corrida, especificamente os seus motores e caixas de velocidades, duram apenas sete corridas antes de as equipas os trocarem. Todas as corridas ultrapassam os limites da velocidade, da força G e dos materiais de ponta. Depois do filme, ganhei uma nova perspetiva neste âmbito.
4. Os volantes são mais complexos do que parecem
Nunca mais vou olhar para um volante de F1 da mesma maneira. Têm até 25 botões (!) e controlam tudo: gestão de energia, travões, comunicação com a equipa, modos de motor… É quase como pilotar uma nave espacial em alta velocidade. No filme, há cenas em que isso fica bem evidente, pois o lado técnico é brutal.
5. A Fórmula 1 quer ser neutra em carbono até 2030
Este foi um dos factos que mais me surpreendeu. A F1 está a investir fortemente em combustíveis sustentáveis e em tecnologias verdes. A imagem de um desporto poluente começa a dar lugar a uma visão mais responsável e futurista. E esse lado visionário também está presente no filme, já que há uma preocupação em mostrar para onde o desporto caminha.
6. Inclusão e diversidade também fazem parte da pista
Com a iniciativa #WeRaceAsOne, a F1 tem vindo a abraçar causas sociais, como a luta contra o racismo e a promoção da igualdade. Isto tocou-me particularmente, porque acho fundamental que até os desportos mais tradicionais se adaptem aos tempos. É mais do que velocidade, é consciência.
7. Mulheres ao volante (e com garra)
Sabiam que apenas cinco mulheres correram na F1 desde 1950? A última a marcar pontos foi Lella Lombardi, em 1975. Felizmente, isso está a mudar com a criação da F1 Academy, que visa apoiar novas gerações femininas no desporto. Esta nova fase está no espírito do filme, pelo que espero ver mais representação no futuro, dentro e fora do ecrã.
Portanto, ver o Brad Pitt neste papel foi mais do que entretenimento. Foi um despertar. Um olhar mais humano, mais cru, mais íntimo sobre aquilo que sempre vi de longe como um desfile de carros potentes. Hoje, percebo que a Fórmula 1 é muito mais do que isso: é sacrifício, estratégia, evolução e também emoção pura.
Se ainda não viste o filme, recomendo vivamente. E se fores como eu, vais sair da sala com o coração a acelerar... e com vontade de ficar a saber mais sobre este universo fascinante.